quarta-feira, 30 de setembro de 2009

PABLO NERUDA.


Morre lentamente quem não viaja,

quem não lê, quem não ouve música,

quem destrói o seu amor próprio,

quem não se deixa ajudar.



Morre lentamente quem se transforma escravo do hábito,

repetindo todos os dias o mesmo trajecto,

quem não muda as marcas no supermercado,

não arrisca vestir uma cor nova,

não conversa com quem não conhece.



Morre lentamente quem evita uma paixão,

quem prefere o "preto no branco" e os "pontos nos is"

a um turbilhão de emoções indomáveis,

justamente as que resgatam brilho nos olhos,

sorrisos e soluços, coração aos tropeços, sentimentos.



Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz no trabalho,

quem não arrisca o certo pelo incerto atrás de um sonho,

quem não se permite, uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.



Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da má sorte ou da

Chuva incessante, desistindo de um projecto antes de iniciá-lo,

não perguntando sobre um assunto que desconhece e

não respondendo quando lhe indagam o que sabe.



Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo

exige um esforço muito maior do que o simples acto de respirar.

Estejamos vivos, então!


Poema de Pablo Neruda.

Tom Schuster deixou um novo comentário sobre a sua postagem "QUERO APENAS CINCO COISAS...":






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Minha mamãe!