este texto é dedicado AOS ANALFABETOS,que criticam...O ANALFABETO.

                UM DIA PARA RECORDAR…

na história de um país que busca seu lugar.

Todos os dias nos acontecem fatos. Uns mais marcantes outros nem tanto. Mas há aqueles que nos arrebatam por uma emoção singular, uma vibração estonteante que explode na emoção de um alarido, culminando com o abraço no meu filho. Hoje eu vi a coroação da vitória de uma nação e de um brasileiro comum. Comum, será??? Sim. Um brasileiro, nordestino, pau-de-arara, fugido da miséria e da dominação, produzidas ao longo da história do Brasil, para demonstrar  que a sua voz ecoa sobre a elite da intelectualidade mundial, que não se importa “com os erros doseu português ruim“ porque o conteúdo da sua fala,  cala fundo ao coração.

Um homem com um lenço na mão mutilada pelo trabalho e lágrimas na alma, na alma generosa do povo por ele representado.

Não convém aos mais desavisados e desinformados conhecer dados que comprovem as alterações positivas, vividas pelo Brasil sob a batuta de um “analfabeto“ ou de um “Paraíba“, como é pejorativa e preconceituosamente chamado. Percebo a imensa falta de conhecimento e de acuidade de alguns, que não sinto nem vontade de entrar em nenhum embate. Já não tenho mais paciência. Apenas recomendo estudar, se informar antes de dizer levianamente qualquer bobagem. Bom é conhecer os fatos. Sim, porque contra fatos não há argumentos.

Não há como retrucar a respeitabilidade de um país que foi até 2002 sempre visto como grande e eterno devedor do FMI em até 37 bilhões de dólares e hoje é credor [pagou a dívida e o FMI é quem deve ao Brasil]. Que nosso país ocupa o 6º lugar no ranking das maiores reservas monetárias mundiais, com 207 bilhões de dólares. Que o Risco Brasil de quase 2.500 migrou para algo em torno de 200, recebendo 4 selos “gran invest“ de autoridades certificadoras mundiais, nunca antes recebidos. Que fez da Petrobrás uma das mais eficazes empresas do mundo. E para desespero da oposição, faz jorrar em cena o Pré-Sal e o Etanol, objeto da cobiça das maiores potências do planeta. E por falar nelas, é décima economia mundial, compondo o G20, obtendo respeito e apreço.

Enquanto era escarnecido como um viajor irresponsável, um turista profissional, o “Paraíba“ foi um mascate internacional, vendendo os produtos brasileiros, sobretudo os agronegócios, e hoje somos o maior exportador mundial de café, soja, frango, carne bovina, cana-de-açúcar, laranja e tabaco. E somos o 3º em produção de frutas e de milho]. Desviando, quando possível, dos mercados subsidiados, avançamos consideravelmente pelo Oriente médio e pela Ásia, conquistando o gigantesco mercado chinês.

Essas transformações na economia refletem nos avanços sociais, como maior salário mínimo das últimas cinco décadas, maior capacidade de consumo das classes C e D, diminuição da pobreza, Programas Sociais como Bolsa Família vinculando a obrigatoriedade da criança participar do Sistema Formal do Ensino Fundamental. Aliás, no tocante à Educação, nunca antes na história desse país fora registrado um aumento tão substancial da criação de Universidades Federais e Escolas Técnicas Federais [sobretudo a descentralização das capitais] e de programas de ingresso às Universidades Particulares, aliás também em ascensão, como PROUNI, FIES E ENEM. Isso tudo [uma pequena revolução acadêmica] promovida por um “analfabeto“. Por falar em Enem, há um reboliço virtual em torno da ridicularização da figura do “analfabeto“, para que ele responda à prova do Enem. Resta saber se aos que estão preparados e serão bem classificados no dito exame, caso recebessem a responsabilidade de governarem um país continental como o nosso, se teriam o mesmo desempenho.

Nasci no período do Golpe Militar, em 04 de outubro de 65, e ainda criança via e me encantava com a luta dos brasileiros mais politizados [muitos perseguidos, torturados e tantos assassinados] pela retomada da democracia e a possibilidade de se escolher seus representantes políticos. E graças à visão que tive na minha formação com grandes mestres como Fernando Eleodoro, Jorge Luiz Melquisedeque, Rui Medeiros, dentre outros queridos, que na minha vivência democrática escolhi, por quatro vezes, esse brasileiro com apelido de amigo de infância, LULA, como meu legítimo representante e honrou-me tantíssimo vê-lo hoje SER O BRASIL DIANTE DO MUNDO. Esse país monumental, que comporta em território e população, grandes potências européias juntas, muitas delas conhecidas por mim, mas que eu asseguro, nenhuma tem a alegria, a espontaneidade, a hospitalidade, a alma e o coração do povo brasileiro, verdadeiramente. Essa vitória é do Rio de Janeiro sim, envolveu muitas pessoas irmanadas num só empenho, mas é inegável que deve-se sobremodo ao status quo do Brasil diante do mundo, e mais ainda a importância de Lula nesse panorama, para a consecução desse objetivo.

Estive no Rio de Janeiro em junho desse ano e via nos olhos de Duka, meu filho, o mesmo deslumbramento com a cidade maravilhosa quando também a vi pela primeira vez. As paisagens naturais, o acolhimento do povo, é uma magia diferente, algo inexplicável. Os atletas de todos os continentes irão deliciar-se com essa atmosfera mágica de encantamento. Estava lá vivendo momentos inesquecíveis, mas ao chegar ao hotel, assistia as reportagens na Rede Globo que remetia a visão de uma guerra. Não parecia, nem de longe, ser a mesma cidade, onde as pessoas andavam tranquilamente nas ruas à tardezinha, sentavam nos botecos para bater papo enquanto tomavam sua cervejinha e comiam joelho, na maior paz, numa leveza descomunal.

Sei que, tal qual o Cristo Redentor, o povo do Riiiiiiiiiiiiio também está de braços para receber os atletas olímpicos. Que venham as OLIMPÍADAS 2016, que venha a COPA DO MUNDO DE FUTEBOL 2014 e tudo que nos é permitido ou arduamente conquistado por brasileiros comuns como eu, você, Lula,e por outros compatriotas célebres como Pelé, Paulo Coelho etc... QUE VENHAM NOVOS DESAFIOS.

Não digo que o Brasil está em Nirvana pois, Se muito VALE O feito, mais VALE o por fazer.

Mas tem que VALER, VIVER, VALER...

Por Valéria Valério

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