| A LUA BRANCA QUE EU VEJO AGORA. 14 DE JULHO DE 2011.18:23h | 
Estrambote Melancólico
Composição: Carlos Drummond de 
Andrade
Tenho saudade de mim mesmo, 
saudade sob aparência de remorso, 
de 
tanto que não fui, a sós, a esmo,
e de minha alta ausência em meu redor. 
Tenho horror, tenho pena de mim mesmo
e tenho muitos outros 
sentimentos
violentos. Mas se esquivam no inventário,
e meu amor é triste 
como é vário,
e sendo vário é um só. Tenho carinho
por toda perda minha na 
corrente
que de mortos a vivos me carreia
e a mortos restitui o que era 
deles
mas em mim se guardava. A estrela-d'alva
penetra longamente seu 
espinho
(e cinco espinhos são) na minha mão.
Estrambote Melancólico
Composição: Carlos Drummond de Andrade
Tenho saudade de mim mesmo, 
saudade sob aparência de remorso,
de tanto que não fui, a sós, a esmo,
e de minha alta ausência em meu redor.
Tenho horror, tenho pena de mim mesmo
e tenho muitos outros sentimentos
violentos. Mas se esquivam no inventário,
e meu amor é triste como é vário,
e sendo vário é um só. Tenho carinho
por toda perda minha na corrente
que de mortos a vivos me carreia
e a mortos restitui o que era deles
mas em mim se guardava. A estrela-d'alva
penetra longamente seu espinho
(e cinco espinhos são) na minha mão.
saudade sob aparência de remorso,
de tanto que não fui, a sós, a esmo,
e de minha alta ausência em meu redor.
Tenho horror, tenho pena de mim mesmo
e tenho muitos outros sentimentos
violentos. Mas se esquivam no inventário,
e meu amor é triste como é vário,
e sendo vário é um só. Tenho carinho
por toda perda minha na corrente
que de mortos a vivos me carreia
e a mortos restitui o que era deles
mas em mim se guardava. A estrela-d'alva
penetra longamente seu espinho
(e cinco espinhos são) na minha mão.