As fadas já não moram em mim...
foram-se como o tempo, as pessoas, os amigos e inimigos que passaram...
tiveram de ir-se embora porque eu já não as deixava voar, tinha medo de as perder...
E mesmo assim perdi-as, como se perde tudo o que se tem algum dia.
Não pude evitar, era o destino delas voarem...
não se pode contrariar o destino nem passar por ele de olhos e ouvidos tapados, os ciclos são para serem cumpridos. 
As fadas já não moram em mim... 
mas já não choro, 
agora sorrio por saber que é o voo que as torna felizes...
Por isso sempre que alguma se perde e vem ter comigo já não a prendo, 
consolo-a e encorajo-a a voar...
Clavedelua
