Meu amigo, não se engane,
A paixão, a ilusão, o amor,
Nunca, jamais, em tempo algum, me inspirou;
na realidade,
a fantasia que me invade, é a mais pura alusão,
a minha grande amiga e companheira:solidão.
Não sei se sou poeta;pianista,violonista,
ou apenas alquimista.
Ando a escrever versos,que por vezes,
nem eu mesmo leio,
sei que quero escrever tambem pra te dizer,
Que não há amor mais puro,do que o seu,eu creio.
Claro que eu gostaria,de buscar inspiração,
em um romance, ou ao menos em uma nuance...
mas me cansei de tanto procurar;
parei de divagar.
Hoje,na vida, o que mais me contagia
São as simples alegrias,
Como a que a sua lembrança me dá.
escrever sobre mim, é quese impossivel,
Pois tudo que havia de lindo,
voce ja falou de mim,sorrindo!
hoje me restam lembranças,
dos nossos velhos tempos,
quando a minha alma,era criança!
Mas um dia hei de falar de voce...
Passarei, claro, a vida escrevendo e reescrevendo,
A vida do homem mais inteligente do mundo;
meu chefe, meu amigo, meu guru,
Meu poeta, pintor, sonhador,
que todo mundo admirou,
Que todas as palavras a mim, revelou;
A vida, eu aprendí com voce...
É pena, que não me ensinou a sofrer...
Me mostrou auroras, poentes e nascentes,
me fez musa, ninfa, deusa...
E hoje, daí do alto da sua singeleza,
Diz que eu pareço estar amando.
Não meu amado...
Eu já amei e nunca mais retornarei.
escolhí uma vida desacompanhada,
dificil, dolorosa e amarga,
pra voce, para uns, para outros,
mas eu, nascí preparada...
porque, embora muitas vezes, meu coração arda,
já não creio em mais nada.
Me restou a solidão...
e só para ela faço canção, entrego a minha gratidão;
Não nascí só para ser amada,
Sempre muito respeitada.
A vida me iludiu, e o mundo me traiu...
Portanto meu amigo,não se entristeça,
A vida passa, não se esqueça,
Voce não viveu quase nada,
mas eu vivi de tudo,
ao final, ficamos aqui ouvindo esta balada,
Do tempo,do amor, da solidão,
E pensando, apenas no que vive,
dentro do nosso coração.
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