terça-feira, 17 de agosto de 2010

Me distrai,
fiquei desatento e nem vi o tempo passar...

minha mente formada por palavras vã...
mentiras penetram em mim
e me tornaram cheio de descrença.
Conheci verdades que acabaram tão prematuramente...
com meus sonhos de criança de mãos e mente limpas.
Quantas e quantas vezes minha coragem
foi corroída por um rio de sangue que corria em minhas veias...
sucumbi.
Me olhei no espelho secreto e não reconheci meus traços...
Olhando para trás me assusto em ver,
que deixei meu futuro esquecido em meu passado.
Minhas lembranças sepultaram minhas ilusões...
chorei sem conter as lágrimas da tristeza que a vida me reservou.
Deixei meus passos pela areia da praia,
pegadas banhadas de amargura...
que nem o vento nem a agua do mar conseguiram apagar.
soquei punhais..escalei montanhas...removi pedras
e conquistei o que para todos era impossível depois de tanta espera...
venci.
Vivo tanta saudade que me consome de dor ...
por conta desta passageira vida...
Já gritei meu ódio do horror ao júbilo
e calei em absoluto silêncio meu grito mais sentido.
Pronunciei palavras fúteis que o tempo gravou...
e quantas palavras densas vi dissiparem em segundos...
Sempre que tento ser eu mesmo não me alcanço,
quando tento fugir de mim
não escapo de minhas próprias mãos...
Mas uma esperança permanece neste corpo e alma...
meu outono chegara.

Olavo.

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